Arquivo | abril, 2012

Viva e deixe Viver: Leitura-terapia

22 abr

Como já havia publicado no post “Ler para ser: a leitura transformando histórias”, o hábito de ler trouxe mudanças muito significativas e positivas em comunidades que até então nunca haviam tido contato com a leitura:

Não basta dizer que a leitura é essencial na constituição do nosso acervo cultural, ou que ela proporciona “viagens” sem sair do lugar, aguça a imaginação e forma cidadãos críticos, capazes de contribuir para a evolução nacional. Tudo isso é êxito inquestionável do ato de ler, mas é preciso ir além. É preciso conhecer vidas, histórias e trajetórias que foram atravessadas e definitivamente modificadas por esse universo transformador que é a Leitura.

No post de hoje, apresento uma Leitura que vai além do caráter sócio-educativo para influenciar, também, na saúde de centenas de pessoas.

Quem já viu o filme “Patch Adams”, certamente percebeu como a alegria é mesmo contagiosa e pode agir de maneira muito positiva no tratamento de pessoas hospitalizadas. O que poucos sabem, porém,é como a leitura, através da contação de histórias, também pode contribuir para o bem-estar dos pacientes.

E foi dia desses, lendo uma revista qualquer, que eu, que também desconhecia o poder da leitura nesse tipo de ambiente, conheci melhor o trabalho de associações como a “Viva e deixe Viver”.

Entrando no site, bastante colorido e dinâmico, encontrei várias informações a respeito da ONG, que existe desde 1997, está presente em diversas casas de apoio, clínicas e hospitais de oito estados brasileiros (Bahia, Brasília, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo) e já atendeu mais de meio milhão de crianças e adolescentes hospitalizados nesses quase quinze anos de existência.

O mais legal de tudo é ver que o fato de voluntários doarem duas horas semanais para atuar ludicamente junto aos pacientes, através do “ler” e do “brincar”, tem sido realmente um santo remédio, provado, inclusive, nas estatísticas: segundo o site PHILIPS Sustentabilidade, uma pesquisa realizada em 2006 por psicólogos da Santa Casa de São Paulo avaliou por um ano o efeito do trabalho de contadores de histórias no tratamento de 15 crianças com câncer, no setor de pediatria do hospital. Os resultados mostraram que 66% das crianças tiveram melhora no humor e no estado emocional. Em 46% dos casos, a interação com médicos, acompanhantes e outras crianças também melhorou. 60% dos pacientes que estavam apáticos passaram a caminhar pelo corredor e a brincar e, por fim, outro ponto importante notado pela pesquisa foi a melhora do apetite, registrada em 60% das crianças.

E não só os números podem nos ajudar a entender melhor a dimensão dos benefícios que a leitura tem trazido a esses milhares de crianças e adolescentes atendidos pela Associação. Basta ter passado por um ou ao menos conhecer de longe um leito de hospital para saber quão necessária se torna a humanização deste tipo de ambiente, para que ele tenha cor, fantasia, vida, energia, alegria…

Conheça abaixo um pouco mais sobre a “Associação Viva e Deixe Viver”. Entre no site, conheça melhor os projetos e, principalmente, disponha-se a doar, você também, duas horas semanais para trazer o sorriso dos vários meninos e meninas por esses hospitais Brasil afora.

SEJA UM VOLUNTÁRIO: http://www.vivaedeixeviver.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=89&Itemid=24

 

PESQUISAS: http://www.vivaedeixeviver.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=212&Itemid=25